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Human Computer Interaction (HCI)/Interacção
Pessoa Computador (IPC)
A Interacção Pessoa-Computador
é a disciplina que estuda a troca de informação
entre as pessoas e os computadores. O seu objectivo
é que esta troca seja o mais eficiente possível:
minimiza os erros, aumenta a satisfação,
diminui a frustração e ao fim e ao cabo,
faz mais produtivas as tarefas que envolvem as pessoas
e os computadores.
Nota: A interacção Pessoa-Computador
é mais conhecida pelo seu nome em inglês,
Human Computer Interaction e as suas iniciais HCI (em
adiante utilizaremos as iniciais IPC/HCI).
A investigação em IPC/HCI
levou à estandarização da usabilidade,
a sua melhora e o apoio empírico. A focagem científica
da IPC/HCI inclui uma variedade de ferramentas e técnicas
que ajudam a desenvolver melhores interfaces de utilizador.
Breve história
A orígem da IPC vem da Psicologia
Aplicada que estuda a Interacção Pessoa-Computador.
As duas disciplinas das quais surge a IPC/HCI são
as chamadas "Human Factors" e a Ergonomia
(na realidade, são a mesma disciplina; o primeiro
termo utiliza-se nos EE.UU. e o segundo na Europa).
Actualmente a utilização destes termos
não esta claramente estabelecida e mesmo às
vezes utiliza-se de maneira indistinta.
O predomínio tradicional na IPC/HCI
tem sido dos engenheiros, apesar da influência
da Psicologia ser cada vez mais importante. A Psicologia
é a disciplina que estuda a percepção,
a memória, a adquisição de habilidades
e a aprendizagem, a resolução de problemas,
o movimento, as tarefas juiço, de procura ou
processamento de informação e da comunicação,
isto é, processos todos cujo conhecimento se
requere para o adequado design de mecanismos de interacção
do utilizador. Mesmo apesar da Psicologia Cognitiva
ser uma ciência muito jovem no que respeita a
investigações de caracter básico
e sistemático, existem actualmente suficientes
descobertas baseadas em resultados empíricos
que permitem o desenvolvimento da IPC/HCI e, em consequência
de sítios web adaptados aos utilizadores.
A IPC/HCI é também uma
disciplina jovem, mas não tanto como puder parecer.
Desde o primeiro computador tem sido necessário
o design de um sistema de comunicação
pessoa-computador. Os estudos nesta disciplina têm
permitido dar uma base teórica ao design e à
avaliação de aplicações
informáticas. A importáncia desta disciplina
se põe em relieve aquando a leitura de artigos
sobre o assunto escritos há aproximadamente cuarenta
anos nos que se visualizabam elementos de interacção
dos quais se dispõe actualmente. Uma das associações
mais influentes nesta área é a ACMSIGCHI
(Association for Computing Machinery's Special Interest
Group on Computer-Human Interaction) quem desde 1982
reune os melhores especialistas em IPC/HCI.
Os primeiros estudos específicos
de IPC/HCI apareceram nos anos sesenta e faziam referência
à simbiose Pessoa-Computador (Licklider, 1960).
Este autor afirmou antecipándo-se à problemática
posterior que o problema da interacção
pessoa-computador não é criar computadores
productores de respostas, mas computadores que sejam
capaces de antecipar e participar na formulação
das perguntas.
Licklider y Clark (1962) elaboraram um
lista de 10 problemas que deveriam ser resolvidos para
facilitar a interacção pessoa-computador.
Segundo ele, os cinco primeiros problemas deveriam ser
resolvidos de maneira imediata, o sexto num tempo intermédio
e os quatro últimos a longo prazo:
1. Partilhar o tempo de utilização
dos computadores entre muitos utilizadores.
2. Um sistema de entrada-saída para a comunicação
através de datos simbólicos e gráficos.
3. Um sistema interactivo de processo das operações
em tempo real.
4. Sistemas para o armazenamento massivo de informação
que permitam a sua rápida recuperação.
5. Sistemas que facilitem a cooperação
entre pessoas no design e programação
de grandes sistemas.
6. Reconhecimento por parte dos computadores da voz,
da escrita manuel impresa e da introdução
de dados a partir da escrita manual directa.
7. Compreensão da linguagem natural, sintáctica
e semântica.
8. Reconhecimento da voz de vários utilizadores
pelo computador.
9. Descubrimento, desenvolvimento e simplificação
de uma teoria de algoritmos.
10. Programação heurística através
de princípios gerais.
O tempo tem demostrado que Licklider
e Clark estavam no caminho certo na maioria das suas
observações, no entanto, actualmente ainda
não se têm conseguido resolver alguns dos
problemas previstas para a resolução a
longo prazo.
Hansen (1971) no seu livro "User
Engineering Principles for Interactive Systems"
faz a primeira enumeração de princípios
para o design de sistemas interactivos:
1. Conhecer ao utilizador
2. Minimizar a memorização, substituindo
a entrada de dados pela selecção de ítens,
utilizando nomes em lugar de números, assegurando-se
um comportamento predecível e usufruindo acesso
rápido à informação práctica
do sistema.
3. Optimizar as operações através
da rápida execução de operações
comuns, da consistência da interface e organizando
e reorganizando a estrutura da informação
baseando-se na observação do uso do sistema.
4. Facilitar boas mensagens de erro, criar designs que
evitem os erros mais comuns, fazendo possível
desfazer aquelas acções realizadas e garantir
a integridade do sistema no caso de uma falha do software
ou hardware.
Apesar da lógica e antiguidade
destes princípios é fácil encontrar
nos sítios web de e-commerce códigos de
inmemorizáveis para identificar produtos, mensagens
de erros difíceis de entender e, duma forma geral,
um mal trato ao utilizador.
Página traduzida da versão
original feita por Eduardo Manchón:
http://www.ainda.info/que_es_HCI.html
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