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A Usabilidade e o ROI (Return of Investment)
Resumo: Imaginem conhecer previamente
quanto é que vai custar o desenvolvimento de
uma aplicação (praços, recursos,
entregas) e quais os benefícios que se podem
obter em troca. Fazer contas resulta muito complexo
e mesmo os mais expertos falham nos números.
Roi ou Retorno da Inversão
Roi ou Return of Investments
é o benefício que obtemos por cada unidade
investida em tecnologia durante um certo período
de tempo. Costuma utilizarse para analizar a viabilidade
de um projecto e medir a sua taxa de sucesso. Em períodos
de crise, é fundamental que cada cêntimo
investido em tecnologia regresse, se possível,
acompanhado de mais.
ROI=(Benefícios/Custos)x100
A sua medida é um número
relacionado com o rácio Custo/Benefício.
O custo é simples de medir: sempre que sabemos
quanto é que estamos a gastar. O complicado é
calcular o benefício.
À priori, o ROI é complicado
de medir pela implicação de vários
factores como a mudança tecnológica. O
carácter único de cada projecto leva também
a diferentes interpretações do ROI. A
desordem na hora de controrlar e medir as finanças
durante um projecto ou os factores intangíveis
como a satisfação dos utilizadore, as
melhoras e a comunicação.
O processo típico para definir
o ROI num projecto implica:
Antes:
Medir a situação actual. No caso
de existir aplicação identificar os processos
básicos susceptíveis de melhora.
Compilação de dados para cada processo
(tempo, tarefas, custos,etc.).
Fazer uma estimativa dos custos do projecto.
Durante o desenvolvimento:
Controlo dos tempos, custos e equipa de desenvolvimento.
Conseguir que o cliente trabalhe e tome decisões
a tempo e faça as entregas na data marcada.
Depois:
Números resultantes após a inversão
(custos finais, benefícios obtidos)
Conversão dos datos em valores monetários
Analizar a sua incidência na poupança de
custos, incremento de vendas, aumentos das margens em
relação à situação
anterior.
A Usabilidade e o ROI
O retorno médio da inversão
em usabilidade é de 8 euros por cada euro investido.
Em geral, a usabilidade é a estratégia
aplicada ao desenvolvimento de projectos que mais ROI
produz.
O retorno é grande porque a manutenção
das aplicações informáticas devido
a desvíos em relação a estimações
iniciais costuma ser de um 80% do total dos custos (Martin
& McClure, 1983; Pressemen, 1992).
Clare-Marie Karat, na IBM demostrou como
investir 60,000 dólares em usabilidade antes
e durante o processo de desenvolvimento de um producto
de software implicou uma poupança posterior de
6,000,000 dólares duarente o primeiro ano de
vida do produto.
Os testes de usabilidade podem diminuir custos identificando
e resolvendo questões de usabilidade antes do
seu lanzamento.
Os benefícios derivados de aplicar a usabilidade
no desenvolvimento de produtos são:
- Menores custos de desenvolvimento:
se as necessidades e desejos dos utilizadores são
adicionados em fases iniciais do ciclo de desenvolvimento
do produto se podem evitar desvios e problemas no
futuro. O prototipado constitui uma peça fundamental,
por ser um ponto de encontrio entre o cliente/utilizador
e a equipa de desenvolvimento.
- Detecção inicial
de falhas: os testes de Usabilidade realizados
tarde, no ciclo de desenvolvimento de um produto podem
resultar prejudiciais numa organização:
a detecção de falhas na Usabilidade
quando o custo de correcção em tempo
e pessoas é grande, pode dar cabo de qualquer
planificação e rentabilidade de um produto.
- Tempos mais breves de desenvolvimento:
A Usabilidade reduz os custos de engenharia
e desenvolvimento e redução dos tempos
de teste e controlo de qualidade ao receber feedback
directos dos utilizadores. Isto provoca uma melhora
do produto final favorecendo uma saída para
o mercado mais rápida dos produtos.
- Maior rácio de aquisição
de clientes.
- Menor rotação
de clientes.
- Maior produtividade de empregados
ao ter em conta a suas necessidades reais.
- Menores custos de manutenção
e suporte: Os produtos "usáveis"
são mais fáceis de instalar e de aprender
a utilizar. Isto implica uma poupança em custos
de aprendizagem e de suporte. Por isso, o valor do
produto é mais perceptível quanto maior
a velocidade, o que implica maior fidelidade ao produto.
- Vantagem competitiva:
A Usabilidade reduz os custos de venda e diminui os
ciclos de comercialização dos produtos.
O mais fácil de usar é mais simples
de vender e resulta numa vantagem na hora de compararse
com produtos da concorrência por serem eles
mais fáceis de configurar, aprender e utilizar.
Apesar de tudo, a Usabilidade é
uma das primeiras coisas a serem "sacrificadas"
em tempos de crise e despedimentos, sento considerada
como um luxo que unicamente faz com que o produto seja
mais caro quer para as empresas, quer para os clientes.
Practica-se então uma "Pseudousabilidade"
por parte das equipas comerciais e técnicos que
costumam provocar desviações de expectativas
e trabalhos de melhora.
Segundo Don Norman, "o utilizador
não sabe realmente o que quere até que
o experimenta". Ao se desenharem produtos de software,
estes baseiam-se em requerimentos e especificações,
casos de uso, desenvolvimento e provas. Esta forma de
trabalho, leva a um afastamento das necessidades reais
das pessoas, resultando em produtos que defraudam as
expectativas do utilizador.
Estatísticas da Sun Mycrosystems
- A usabilidade mostra reduções
do ciclo de desenvolvimento dos produtos entre 33%
e 50% (Bosert, 1991).
- 63% de todos os projectos de software
ultrapassam o orçamento, sendo as quatro causas
mais importantes relacionadas com a usabilidade. (Lederer
and Prassad, 1992).
- A percentagem de código que
se dedica ao desenvolvimento da interfaz tem ido aumentando
ao longo dos anos até uma média de 47-60%
do conjunto de uma aplicação (MacIntyre
et al. 1990).
- A empresa Ricoh tem descoberto que
o 95% dos utilizadores inquiridos nunca utilizam as
três características chaves desenhadas
para fazer mais atractivo o produto, bem pelo descohecimento
da sua existência, o por não saber como
utilizá-las ou não entendê-las.
- 80% das tarefas de manutenção
são devidas a requerimentos de utilizador não
previstos, ficando o resto devido a falhas e erros
(Martin and McClure, 1993; Pressman, 1992).
- Mudanças no design realizadas
pela IBM através de métodos de usabilidade
resultam numa redução de uma média
de 9,6 minutos/tarefa, gerando uma poupança
interna de 6,8 milhões de dólares (Karat,
1990).
A facilidade de uso gera uma imagem de
marca e fideliza. O efeito "boca-ouvido" é
muito importante. Pode-se perceber entre os orgulhosos
utilizadores de computadores Macintosh, ou os comentários
dos utilizadores acerca de Palm e Handspring sobre a
sua simplicidade de utilização dos seus
PDA´s e como têm mantido a sua focagem naquelas
características realmente necessárias
e úteis evitando a tentação de
sobrecarregar com utilidades que só servem para
fazer com que o produto final seja mais caro.
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O ROI em Intranets e aplicações corporativas.
Página traduzida da versão
original feita por Luis Villa:
http://www.grancomo.com/articulo.php?id_art=285
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